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Aos 66 anos, morre em Brasília o jornalista e escritor Antônio Carlos Lima, o Pipoca, ex-secretário de Comunicação do Estado – MARANHÃO Hoje

Era membro da Academia Maranhense de Letras 

Faleceu na manhã deste domingo (08), em Brasília (DF), o jornalista e escritor Antônio Carlos Lima, o Pipoca, membro da Academia Maranhense de Letras (AML), onde ocupava a cadeira de número 07. Pipoca exerceu, dentre outras funções, a direção de Redação do jornal O Estado do Maranhão, secretário de Comunicação do Estado do Maranhão e adido cultural do Brasil na Embaixada do Chile.

Ele estava na capital federal onde lutava há anos contra o câncer no estômago.

Segundo o imão e também jornalista Félix Alberto Lima, o velório será, nesta segunda-feira (09), na Academia Maranhense de Letras.

Nasceu em São Raimundo das Mangabeiras-MA, a 5 de dezembro de 1956. Filho de Eurípedes Correia Lima e Saturnina (Cely) Gomes Lima.          Viveu parte da infância em Floriano (PI), e a adolescência, em Barra do Corda-MA, onde estudou no Colégio Nossa Senhora de Fátima, fundado e mantido por frades capuchinhos italianos instalados no município desde o final do século XIX. Com um grupo de colegas do ginásio, fundou e editou, durante dois anos, o jornal mimeografado O Pássaro.

Em São Luís, bacharelou-se em Comunicação Social pela Universidade Federal do Maranhão (1982). Foi redator do jornal alternativo A Ilha, repórter e coordenador de jornalismo de diversos outros veículos de comunicação de São Luís (O Estado do MaranhãoJornal de Hoje, Rádio e TV Difusora-Rede Globo) e correspondente de veículos de outros Estados.

Diretor de Redação do jornal O Estado do Maranhão (1983-91), à frente do qual realizou importante reforma gráfica e editorial, que se destacou pela valorização das artes e da cultura.

Pela publicação da reportagem Cuba, Dez Dias na ilha que Abalou as Américas, publicada n’O Estado do Maranhão, em agosto de 1988, resultado de viagem àquele país, foi agraciado com o Prêmio Fenaj de Jornalismo, conferido pela Federação Nacional de Jornalismo.  O júri da premiação era integrado por Carlos Castello Branco, Otávio Frias Filho, Zuenir Ventura, Joel Silveira e outros consagrados jornalistas brasileiros.

Exerceu, em três administrações governamentais, o cargo de Secretário de Estado de Comunicação Social do Maranhão, à frente do qual ofereceu importante contribuição à cultura maranhense.

Entre 2004 e 2005 dirigiu o Centro de Estudos Brasileiros (CEB), organismo da Embaixada do Brasil em Santiago do Chile, onde desenvolveu importante trabalho de promoção cultural de seu país. No campo editorial, entre outras iniciativas, promoveu edição especial de Los Estatutos del hombre, de Thiago de Mello, com tradução de Pablo Neruda, no marco das homenagens do CEB ao poeta amazonense, seu primeiro diretor, no início dos anos 60. Organizou, escreveu o prólogo e promoveu, junto à Universidade de Santiago do Chile (Usach), a edição de Sousândradeum canto brasileiro de amor a Chile.

Foi agraciado com a medalhas do Mérito Mauá, do Ministério dos Transportes (1989).  Do Governo do Maranhão recebeu (1984), a comenda da Ordem do Mérito Timbira, no grau de Grande Oficial, e, em dezembro de 2013, a medalha de Comendador do 4o Centenário da Fundação da Cidade de São Luís. Em outubro de 2009, foi o Homenageado Especial do 6o Congresso de Jornalistas e Radialistas do Maranhão, em reconhecimento à grande contribuição prestada na Comunicação para a sociedade maranhense do seu tempo. É Cidadão Honorário de Barra do Corda e membro da Academia Barracordense de Letras.

Tem trabalhos publicados nos livros Cadernos de Jornalismo (Fenaj-1988), Maranhão Reportagem (São Luís: Clara Editora, 2003). Publicou os livros Além da Ilha, seleta de artigos, reportagens e entrevistas (Clara Editora, 2004) e São Luís, azulejos e poesia, destinado ao público infanto-

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